Jornal Asahi

1/dez/2001

(wikipedia)

  Tomitarō Makino  (*2)

(24/abr/1862 - 18/jan/1957)

foi um botânico japonês

pioneiro com notável trabalho taxonômico

 

 


Artigo do Jornal Asahi 

1/dez/2001

 

Em 1965, o Prof. Goro Hashimoto

adquiriu a cidadania brasileira.

"Manter a cidadania japonesa

era inconveniente para se trabalhar no Brasil".

  

”Tomitarō Makino brasileiro"

recebe o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Shizuoka

Província de Shizuoka (*1)

 

 

"70 Anos de paixão pelas Flores Brasileiras”.

 

Assim o Prof. Goro Hashimoto escreveu no shikishi

(papel emoldurado copic autograph Board)

que lhe foi entregue.

 

Depois de se formar na antiga Escola Secundária Kakegawa 

(hoje Escola Secundária Kakegawa Nishi)

em Shizuoka (*1)

ele emigrou para o Brasil em 1934, aos 21 anos,

onde se dedicou à coleta e pesquisa

de plantas de forma autodidata.

 


 

 

 

Por que plantas?

 "Não há nenhuma razão específica.

Simplesmente amo

a natureza e as plantas

mais do que o ser humano."

 

"Na época, o único país do exterior para

o qual se podia

viajar livremente era o Brasil.

E tinha ouvido dizer que havia uma riqueza de plantas nesse país.”

 

Antes de sua viagem, ele coletou aproximadamente 4.000 espécimes

em Shizuoka, Gifu e

outros lugares e os doou

ao Museu Nacional de Natureza e Ciência;

muitos dos quais ainda estão preservados no museu.

 

Enquanto trabalhava em institutos de pesquisa agrícola e outros órgãos,

ele coletou aproximadamente

150.000 espécimes,

o que é considerado a maior coleção de espécimes coletada

por um indivíduo no mundo,

o que lhe rendeu o apelido de

"Tomitarō Makino (*2) do Brasil";

 

Makino é um dos principais botânicos do Japão.

 

Sua memória é incrível para uma pessoa de 88 anos. 

Ele cita sem titubear os registros de suas visitas ao Japão desde 1980,

quando retornou à sua terra natal pela primeira vez em 46 anos.

 

Ele começou a viajar à Amazônia

depois de completar 70 anos e 

já esteve lá seis vezes desde então.

"A destruição da natureza é horrível", disse ele.

 

Ele também é autodidata em latim e alemão.

 

Em 1999, recebeu o

Prêmio Cultural Yoshikawa Eiji  (*3) 

por suas pesquisas e realizações,

incluindo o

"Dicionário de Plantas Medicinais Brasileiras"  (*4),

que classificou e compilou 2.168 espécies de plantas medicinais.

 

Em outubro, ele visitou o Japão

para a cerimônia de entrega

de título de Doutor Honoris Causa 

na Universidade de Shizuoka e

doou 30 espécimes valiosos do Brasil.

 

Desde criança, sempre gostou do

"A Origem das Espécies",

de Charles Darwin.

 

Seguindo seus passos,

recentemente foi às Ilhas Galápagos e,

em janeiro, à Patagônia.


 

 (*3) Prêmio Cultural Yoshikawa Eiji

Eiji Yoshikawa (wikipedia)

O prêmio foi criado em 1967 em homenagem a Eiji Yoshikawa (1892-1962). Autor de cerca de 80 romances históricos, muitos deles grandes sucessos editoriais; Yoshikawa cativou leitores de todos os tipos, o que lhe rendeu o apelido de "romancista do povo". Sua vasta obra inclui a série Musashi, em vários volumes, e a saga Taiko, centrada na vida de Hideyoshi Toyotomi.

 

É organizado pela Editora Kodansha e é concedido juntamente com o Prêmio Yoshikawa Eiji para Novos Escritores e o Prêmio Yoshikawa Eiji de Cultura.

 

Embora tenha começado como um prêmio de literatura histórica, atualmente considera obras de todos os gêneros, dentro do que geralmente é considerado literatura convencional. Os vencedores são tipicamente autores consagrados, reconhecidos por uma obra que se espera seja crucial em suas carreiras.

 

 

 

 



 (*4)  "Dicionário de Plantas Medicinais Brasileiras"